O Centro de Geologia da Savannah, na localidade de Carreira da Lebre, em Boticas, foi esta quinta-feira vandalizada por um “um grupo de pessoas solidárias com a população residente na região do Barroso”, que “danificou os veículos da empresa britânica, pintou a fachada de vermelho e escreveu a frase: “NÃO À MINA”, enviou à redação, através um email, o grupo anónimo que reivindica os atos cometidos.
A empresa britânica, que pretende explorar lítio e outros minerais a céu aberto, reagiu, através de um comunicado enviado ao Canal Alto Tâmega, afirmando tratar-se de um “grupo extremista”, sublinhando ainda que estes atos de vandalismo não são provenientes de ativistas, mas sim de criminosos.
Ao longo do comunicado, a Savannah fala em “radicalização de uma minoria, cada vez mais isolada”, garantindo que “a grande maioria da população não se revê nestas ações”. Esta empresa exploradora de lítio adiantou ainda que os sistemas de segurança permitiram a “recolha de imagens nítidas do ato criminoso. (…) As imagens já foram entregues às autoridades e permitirão ao Núcleo de Investigação Criminal da GNR identificar os responsáveis com celeridade. Tal como no caso anterior em que já foram constituídos arguidos, acreditamos na atuação firme da justiça, e recordamos que, no caso de outro ato criminoso cometido há quatro anos, o presidente da UDCB foi recentemente dado como culpado e condenado pelo Tribunal”.
A Associação Futuro do Barroso, que tem como objetivo, em representação da comunidade, promover o diálogo nas negociações com a Savannah Resources, também reagiu, através do seu presidente José Moura, manifestando “repúdio por estes atos de vandalismo e reafirmar que estes indivíduos não falam em nome das comunidades locais nem as representam”. Esta associação vinca ainda que estes atos estão a “atrapalhar o diálogo e o surgimento de novas oportunidades na região de Barroso e especialmente no concelho de Boticas”.
Recorde-se que a mina de lítio a céu aberto obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) condicionada em 2023 e a empresa prevê iniciar a produção em 2027.
Foto: solidariedadebarroso









